terça-feira, 29 de abril de 2008

Novas Tecnologias e Movimentos Sociais: do partido de Lênin às redes da sociedade civil e às comunidades virtuais

Autor: Nilton Bahlis dos Santos
Os ativistas jovens dos movimentos sociais talvez não conheçam os livros de Lênin "Por onde começar?" e o "Que Fazer?", referências inevitáveis no debate sobre organização partidária nos anos 1970/80. Neles, Lênin afirmava que um jornal era um importante instrumento de coesão político e ideológica e um organizador da ação partidária.

Em uma época onde a democracia inexistia e em que os trabalhadores não tinham acesso à informação, uma época de centralização absoluta do Estado, e, principalmente, quando a sociedade ainda não ganhara complexidade, parecia viável reunir organicamente os setores majoritários da população em torno de um único programa e de um plano de ação dirigido pela "teoria científica".

Hoje, com a complexidade adquirida pela sociedade fica inviabilizada a estruturação hierárquica e centralizada dos movimentos. A rapidez com que se modificam o contexto político, as relações de forças e os interesses e dinâmicas dos diversos setores, desbordam qualquer possibilidade deles serem contidos neste tipo de estrutura.

Isto esta na raiz da crise com que convivemos dos organismos do Estado, e das organizações partidárias e sociais. As novas tecnologias e a Internet, porém, viabilizam formas de organização que permitem incorporar e conviver com a mais ampla diversidade; possibilitam a convergência das dinâmicas particulares e às vezes até contraditórias existentes dentro dos movimentos, e oferecem possibilidades e instrumentos efetivos para uma organização social que ganha a forma de rede e se apresenta através de uma multiplicidade de organizações civis e de comunidades virtuais.

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Um comentário:

Milagre disse...

Parabéns rodolfo pelo Conisli! Excelente o nível. Milagre
http://josemilagre.blogspot.com
ABraços