terça-feira, 29 de abril de 2008

Web 2.0: como controlar o incontrolável

Não se trata mais de uma novidade. A Web 2.0 chegou aos ambientes corporativos e se mostra cada vez mais presente na rotina não só dos profissionais de TI, mas também de todos os usuários. A “Era da colaboração”, antes caracterizada pelo boom dos blogs particulares, se transformou e hoje se faz presente na estratégia de negócio de muitas empresas.

Nesse contexto, as redes sociais – trazidas com a Web 2.0 – se tornaram, muitas vezes, mais importantes para as companhias do que seus próprios sites. Atualmente, elas são a maneira mais rápida de transmitir as mensagens virais e faze-las chegarem aos consumidores.

Dessa forma, a tão falada “Era da colaboração” transformou o modelo de negócios de organizações, que agora sentem a necessidade de estar em constante permanente com seus clientes, colaboradores, investidores. Nessa época em que todas as mídias são importantes, não há como fugir das questões da Segurança da Informação e da produtividade corporativa.

Ponto de equilíbrio

Como aproveitar essa tendência sem deixar que seu negócio se torne vulnerável e que essas ferramentas de comunicação abram brechas em sua política de proteção de redes? Como utilizar ferramentas de segurança sem que as vantagens da Web 2.0 sejam perdidas? Achar esse ponto de equilíbrio é determinante para o sucesso de uma iniciativa de colaboração.

A política de proteção corporativa em ambientes colaborativos deve ter características particulares que envolvam ações de análise, detecção e defesa de ataques. Além disso, de acordo com a consultoria Gartner, é necessária uma estrutura que envolva antivírus, filtro de URL, controles de aplicações, análise de reputação de sites e tecnologias de pesquisa mais seguras do que aquelas utilizadas atualmente.

Outra atitude recomendada é a criação de um comitê de fiscalização de blogs, geralmente formado por funcionários da companhia, com o objetivo de navegar nesses sites. A idéia é promover aqueles com menções de interesse à organização e tomar conhecimento de possíveis páginas com conteúdo que agrida a imagem da empresa.

Acesso fácil

Para Marco A. Franca, vice-presidente para América Latina da PR Newswire, o mais importante para as companhias é fazer com que seus conteúdos tenham a maior acessibilidade possível. Para isso, é preciso lembrar que devem estar disponíveis também em celulares e outros dispositivos móveis – e aí aparecem outras questões de segurança.

Segundo o executivo, a solução para tudo isso pode ser uma política que esclareça bem os usuários sobre os processos internos. “Todos devem saber o que podem divulgar e que não podem abusar. Deve-se esclarecer também qual é o prejuízo que a falta desses cuidados traria”, conclui Franca.

Para Leo Cole, vice-presidente de Marketing da Websense, a Web 2.0 está mudando a dinâmica do controle de conteúdos e as empresas têm que saber usar essa ferramenta a seu favor. “É preciso executar um trabalho contínuo de classificação de conteúdos. Uma análise de reputação apenas pode não funcionar, visto que o que está em um blog, por exemplo, agora, pode ser bom; mas daqui a 10 minutos alguém pode postar uma mensagem com um phishing scam inserido”, explica Cole.

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